De jovem monitora à agente da política pública. Conheça a trajetória de Márcia Marci

Marcia Marci
Márcia Marci, JMC e agora Agente de Formação do CIEDS

Entrei no PJMC na edição 2017/2018 e, na edição seguinte, fui selecionada como continuísta. Foi no processo formativo teórico que desenvolvi habilidades de organização e logística, ampliando repertório de políticas públicas e técnicas de produção cultural, organização institucional e memória do território por meio de visitas em pontos como Cachoeira do Marsilac (onde passei parte da minha infância), Agência Solano Trindade e Meninos da Billings. Na formação prática, como jovem monitora, tive a oportunidade de articular ações entre o equipamento e coletivos atuantes no território do extremo sul como Ecoativa, Quebramundo, Boom Box, Periferia em Movimento, Entre Vielas, Imargem, Grajaú Rap City, Meninos da Billings, Casa Dali da Lama, Nóis por Nóis, CAPS – Centro de Arte e Promoção Social, do extinto Galpão Cultural Humbalada e muitos outros.

Em dezembro de 2017, articulei a primeira visita guiada como atividade do Centro Cultural Grajaú (CCG) ao território indígena Krukutu, localizado no extremo sul da capital. Produzi a primeira edição do ExpectaDIVAS 2018, realizei ações com a ong É de Lei, pelo projeto ResPire, sobre conscientização de redução de danos combinada. Na rotina administrativa do CCG, elaborei projetos para organização física do espaço e necessidades de atuação de jovens monitores, pude conhecer o sistema de contratações CAPAC e IGSIS, produzindo relatórios sobre a atuação prática no equipamento, afim de desenvolver melhor a atuação prática.

Atuei na produção dos eventos recebidos no CCG como Virada Cultural, em 2018 e 2019, shows comemorativos do Aniversário de São Paulo, 2018 e 2019, Festival Red Bull Amaphiko, shows de Rincon Sapiência, Mato Seco, Xênia França, Sampa Crew, Linn da Quebrada, Ed Rock, KL Jay, Maria Alcina e muitos outros.

Durante quase dois anos dentro do PJMC, tive muitas mudanças na minha vida. Saí de uma situação de vulnerabilidade de moradia, aluguei uma casa, passei por um processo de desintoxicação por dependência de drogas. Tive muito apoio da gestora Elaine e da produtora e DJ Zeme, que acreditaram no meu potencial como ser humano e profissional, no meu caráter e me devolveram dignidade com muitas conversas, trocas, afetos e responsabilidades. Elaine lutou muito pela minha permanência no Programa, para que eu quisesse permanecer e jamais vou esquecer a importância dela nesse processo.

Serei eternamente grata à equipe do PJMC no CIEDS, à “Zana”, que é minha referência enquanto agente de formação da zona sul, com sua sensibilidade, sua atenção. Ao Leandro que esteve como agente da sul na edição passada, sempre muito atento às nossas demandas. Ao Léo Bento, por manter um plano pedagógico sempre em processo de evolução e aprimoramento. À Liduina, que trouxe escuta ativa desde o primeiro momento que sentamos pra conversar, lá em 2017. À Sandra, que articula a força da zona “norte pra dar sorte”. Todas essas pessoas me deram, além de um olhar sincero, perspectiva de futuro.

Esse Programa muda vidas e com certeza mudou a minha vida.

Participei do processo seletivo e fui selecionada para a vaga de Agente de Formação do Território Sul, pelo CIEDS.

“Este Programa muda vidas e com certeza mudou a minha”
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