Na última quinta-feira (18), o núcleo psicossocial do Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) promoveu mais uma ação de escuta e diálogo, integrando a agenda do Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio e promoção da saúde mental.
A atividade, intitulada Café com Cuidadores, reuniu jovens do programa que são mães, pais ou assumem responsabilidades de cuidado em suas famílias. A partir da apresentação de algumas jovens mães e cuidadoras, foi possível refletir sobre dados e realidades do cuidado dentro do mercado de trabalho e, de forma mais próxima, sobre como esses desafios se manifestam no cotidiano do PJMC.
Assumir-se como cuidador ou cuidadora ainda é um ato de coragem: muitas vezes essa condição não é declarada, seja por receio de estigma, seja pelas dificuldades de conciliar o papel de jovem trabalhador, estudante e responsável por outras vidas. Ao trazer esses relatos, o encontro revelou o quanto a experiência do cuidado impacta trajetórias formativas, laborais e pessoais.
Em diálogo com as equipes da AEMC (Associação Educacional Maria do Carmo), foram traçados caminhos para fortalecer a permanência e a equidade no programa, garantindo que jovens cuidadores tenham condições justas para desenvolver seus planos de vida e participação cultural. Entre as propostas levantadas está a construção de um núcleo de ações conjuntas entre a equipe psicossocial e os jovens cuidadores, que possa fomentar políticas de apoio e estratégias de acolhimento.
Ao inserir esse debate no marco do Setembro Amarelo, a ação também mostra a importância de espaços de escuta, reconhecimento e pertencimento. Falar sobre cuidado é também falar sobre saúde mental: reconhecer as responsabilidades, apoiar trajetórias diversas e fortalecer vínculos são práticas fundamentais para a promoção da vida.
