Thaline e Jaqueline, jovens atuando na EMIA, estão criando episódios do podcast “Quinto Elemento”, no qual conversam com a equipe para ouvirem suas histórias no espaço
Por Pedro Paulo Furlan
Durante o modo de formação remoto, os/as jovens do Programa Jovem Monitor/a Cultural se dedicaram a seus projetos e ações culturais, explorando inúmeros formatos de conteúdo. As JMC’s Thaline da Costa e Jaqueline Santos de Oliveira decidiram pela criação de um podcast – conteúdos de áudio muito procurados, especialmente durante a pandemia. Atuando na Escola Municipal de Iniciação Artística, EMIA, as jovens estão produzindo o “Quinto Elemento”, um podcast de conversas com a equipe da EMIA para contar suas histórias com o espaço cultural e, dessa maneira, atrair mais atenção para a EMIA. O projeto recebe seu nome pois surge como como uma quinta linguagem de comunicação e expressão mantendo diálogo com as linguagens dentro da escola: teatro, música, artes visuais e dança.
Ambas as JMC’s estão em sua segunda edição do PJMC, tendo atuado também presencialmente no espaço e conhecido sua equipe em pessoa. Thaline e Jaqueline perceberam que gostavam muito de trabalhar juntas durante o PJMC 2019/20, e desde lá queriam desenvolver um projeto em conjunto. O “Quinto Elemento” nasceu nesse momento já, porém na forma de uma contação de histórias – com a pandemia e adaptação ao modo remoto, a ideia foi esquecida por um curto período. No começo desse ano, 2021, as jovens recuperaram a iniciativa e a remodelaram, criando o podcast que está sendo produzido.
A motivação, no entanto, continuou a mesma, independente da mudança de formato: “Com a contação, queríamos trazer essa comunidade e levar ao território diferentes histórias, agora com a podcast, é igual, para que o território perceba que pode contribuir diretamente com a EMIA”, explica Thaline. Segundo as jovens, na sua primeira edição, elas ficaram mais dedicadas às posições mais administrativas e burocráticas na EMIA, aprendendo junto com a equipe do espaço quais as melhores maneiras de colocar a potência delas em ação.
Dedicadas a atuar mais no lado artístico durante esse ano, a proposta do “Quinto Elemento” foi algo completamente novo, “Depois que a gente trouxe esse fazer mais artístico e até mais pedagógico da proposta, nós fomos bem acolhidas pela equipe”, conta Jaqueline, adicionando alguns apontamentos da equipe: “No entanto, eles nos avisaram que a escola é corrida e que nós seríamos as responsáveis absolutas pelo podcast”
Formada em música, rádio (locução), teatro e palhaçaria, Thaline sempre teve muito interesse pela comunicação por áudio, inclusive podcasts, mas nem ela, nem Jaqueline, tinham familiaridade com esse formato antes do projeto: “A gente era expert, contém ironia”, Thaline ri, narrando: “Mas assim, nós queríamos desenvolver meio que uma contação de histórias, e no meio de tudo isso pensamos em podcast”. Com pesquisa própria e as formações teóricas do PJMC, as jovens conheceram mais conteúdos desse tipo e se viram capazes de fazer seu próprio.
Além de tudo, não é um projeto sem desafios, com a distância física, por exemplo, as JMC’s precisam se preocupar com a qualidade sonora do podcast e de seu/sua convidado/a, de maneira que a podcast possa ser bem editada depois, trabalho feito por Jaqueline. No entanto, as jovens se mantêm dedicadas a ele porque vêem muito potencial no “Quinto Elemento”. O podcast também conseguiu aproximar elas e a equipe da EMIA, que, segundo Thaline, quem faz os contatos com os convidados, ficam muito empolgados ao receber os convites.
Thaline e Jaqueline sabem que um podcast desses, oferecendo conversas informais e muitas histórias sobre a EMIA, vai atrair muitas pessoas ao espaço, desejando criar suas próprias memórias na escola. “Uma das minhas ambições é alcançar o máximo de pessoas possível, de todos os territórios, perfis e lados de São Paulo, acho que isso é uma das nossas maiores provocações”, conta Thaline, com muita empolgação e dedicação para ver esse desejo cumprido. “De fato nós queremos trazer essa comunidade do território para perto, e nós fazemos parte dessa comunidade”, finaliza Jaqueline, sabendo que o “Quinto Elemento” será uma maneira de conectar o território ainda mais com a EMIA.