Com dois projetos completamente diferentes, as jovens monitoras Gabrielli Matiotta, Andrea Passos e Paloma Alecrim desenvolveram encontros e conteúdos cheios de positividade nas ações “Canal de Jogos da Helena Silveira” e “POR ONDE ANDO?”
Por Pedro Paulo Furlan
Na edição 2020/21 do Programa Jovem Monitor/a Cultural, os/as jovens monitores/as continuístas – que estão em seu segundo ano de formação – estão desenvolvendo, em grupos ou de maneira individual, seus próprios PIAC’s (Planos de Intervenção Artístico-Cultural). Criando oficinas, eventos, guias e quadros nas redes sociais, os/as JMC’s têm colaborado intensamente para com os espaços culturais onde atuam – diversificando suas programações, auxiliando outros/as jovens e fornecendo novos conteúdos e conhecimentos.
De maneira a celebrar essas ações, estamos produzindo matérias e posts que apresentam alguns dos muitos PIAC’s des jovens monitores/as culturais. Continue lendo para conhecer mais sobre dois desses projetos!
“CANAL DE JOGOS DA HELENA SILVEIRA”
“Desde o início busquei realizar um projeto que permitisse que eu conhecesse e interagisse com os participantes mesmo que virtualmente”, comenta Gabrielli Matiotta, 22 anos, criadora do PIAC “Canal de Jogos da Helena Silveira”. Entrando no fim de 2019 no PJMC e atuando no modo remoto durante sua edição como continuísta, a jovem decidiu desenvolver um projeto que permitisse a criação de vínculos online entre o público da Biblioteca Helena Silveira.
Com apoio de sua gestora, Gabrielli organizou esses encontros semanais virtuais para jogar diversos games online – como “Among Us” e “Gartic” – criando esse ambiente no qual as pessoas podiam interagir, conhecer-se melhor e se divertir constantemente nessas jogatinas propostas. A jovem monitora passou um formulário para inscrição do público interessado, que obteve muitas respostas, inclusive de pessoas que conheceram as páginas da biblioteca através do PIAC, e depois criou um grupo no WhatsApp e um canal no Discord, dando início às vídeo-chamadas, ligações de áudio e trocas de mensagens fundamentais para a ação.
A adesão ao “Canal de Jogos” foi tão positiva que a atividade continuou mesmo após o período planejado por Gabrielli – que havia sugerido um cronograma de cinco encontros em primeiro momento.
O PIAC significa muito para a JMC – que conta: “Foi o primeiro que pensei e produzi sozinha como jovem monitora”, complementando: “Consegui colocar em prática muito das formações teóricas do Programa, desde o planejamento até o momento do registro”. Além disso, ela espera que o projeto cresça cada vez mais, e que ela tenha a oportunidade de transformar o “Canal” em uma oficina presencial e conhecer em pessoa todes que jogaram com ela durante esses encontros de sua ação.
“POR ONDE ANDO?”
A pandemia foi e ainda é um período que impactou muito nossas vidas, trazendo grandes mudanças, emoções e dificuldades – foi sabendo dessa intensidade de sentimentos que as jovens Andrea Passos, 20 anos, e Paloma Alecrim, 25 anos, do Centro Cultural Olido, criaram seu PIAC “POR ONDE ANDO?”. Sobre o projeto, Andrea comentou: “Chegamos à conclusão de que mesmo que o dia-a-dia da pandemia tenha sido uma loucura, também vimos muitas delicadezas no nosso cotidiano, que nos fazem nos sentir bem”, acrescentando: “e daí veio a ideia de criar um PIAC com base em poesias de poetas brasileiros”.
Juntando a beleza dos pequenos momentos com poemas brasileiros, como obras autorais de Elisa Lucinda e da própria Paloma, as duas JMC’s criaram vídeos postados no Instagram do espaço cultural (@ccolido) com gravações de episódios delicados de seu cotidiano – de maneira a mostrar uma parte bonita desse período de tempo tão difícil para todes. Nos conteúdos audiovisuais do projeto, elas expuseram um pouco de seu dia-a-dia dentro da pandemia e traduziram essas muitas imagens para o público usando da forma de arte poética – incentivando as pessoas a encontrarem a poesia em todos os seus dias.
Andrea e Paloma se uniram por compartilharem de muitas experiências e já terem uma conexão entre elas, atuando juntas por dois anos já – além de seu período no Centro Cultural Olido, as duas são atrizes e pesquisadoras com imenso potencial artístico.
A JMC Andrea Passos nos contou que ao iniciar o PIAC, ela não conhecia muito do mundo audiovisual – mas estava determinada a aprender e colocar as mãos na massa em relação ao “POR ONDE ANDO?”. Mas junto com as lições técnicas, a jovem também aprendeu muitas outras, tanto que ela nos contou: “Conheci muito nesse projeto, especialmente sobre o benefício de identificar momentos e detalhes sentimentais nas nossas vidas, com uma grande abertura de minha observação”.