O projeto “Democratizando a Cultura” é a maneira que os/as jovens encontraram de ajudar as pessoas que querem ingressar no mundo cultural
Uma das áreas nas quais os/as jovens monitores/as culturais atuam dentro dos espaços culturais é na contratação, seja de artistas, oficineiros e até mediadores para eventos, mas você sabe como se candidatar para esse processo? Os/as JMC’s Allan Zancanella, Natália Freires De Almeida, Rafaela Alves Vieira e Rafaella Leão Nascimento perceberam que muitas pessoas não sabiam a resposta para essa pergunta – por isso, desenvolveram o projeto “Democratizando a Cultura”, uma série de vídeos explicando como funciona a contratação nos espaços públicos, publicados no perfil do Instagram da ação cultural.
Os primeiros passos do projeto, na verdade, aconteceram no Instagram da jovem continuísta Rafaella enquanto a mesma ainda atuava no Teatro Flávio Império. Em sua segunda edição ela está atuando na Secretaria Municipal de Cultura. A JMC começou a publicar vídeos produzidos por ela mesma em seu perfil, explicando a contratação, com a qual ela tinha entrado em contato durante a edição 2019/20 do PJMC. “Quando surgiu os PIAC’s, eu já tinha parado de fazer os vídeos”, narra Rafaella, acrescentando sobre a criação da ação mais complexa: “mas a Natália me mandou uma mensagem e me perguntou se eu tinha alguma ideia, e pensei direto nesse projeto que eu tinha parado”.
O “Democratizando a Cultura” envolve três espaços culturais, o Teatro Flávio Império, onde atuam Rafaela Vieira e Allan Zancanella, a Casa de Cultura São Rafael, na qual atua Natália De Almeida, e a Secretaria Municipal de Cultura, onde Rafaella Nascimento atua. É com essa perspectiva múltipla que os/as jovens conseguem criar conteúdos muito informativos sobre a contratação e solucionar problemas que eles/as viram em primeira pessoa: “Acho que é impossível passar pela contratação e não perceber o quão importante é esse projeto”, afirma Natália.
“Lembro que assim que comecei a atuar no Democratizando a Cultura, tive uma interação com um produtor na qual ele me disse que os artistas independentes ficam perdidos nesse processo, e eu aproveitei para compartilhar nosso projeto”, contou Rafaela para a gente, evidenciando uma das maiores motivações da ação: “Um meio de ajudar eles/as a compreenderem a contratação e garantirem seu trabalho”. O projeto está fluindo muito naturalmente entre os/as participantes, porque eles/as perceberam a importância desses ensinamentos e estão muito felizes de estarem envolvidos/as.
“O projeto no meu Instagram foi algo que eu comecei sabendo que era algo que poderia ajudar muitas pessoas, mas assim que eu vi que esses/as meus/minhas colegas queriam comprar a ideia e expandir o projeto, fiquei muito muito feliz com essa possibilidade de criar algo tão amplo”, a jovem Rafaella narra. Essa felicidade também se reflete na responsabilidade que os/as JMC’s assumem ao transmitir esses aprendizados para o público que quer estar dentro do mundo da cultura – ainda mais poderoso por vir da posição de jovens monitores/as, incluídos/as na cena cultural de São Paulo. Eles/as todos/as também compartilham de um otimismo, pois sabem que a ação vai poder ajudar qualquer um que assistir os vídeos, em relação a isso, Allan finaliza: “A gente sempre pode se conectar com as pessoas, só precisamos do diálogo correto”.