Agente cultural e agente de formação, Leandro vê o Programa Jovem Monitor/a Cultural como uma maneira de fortalecer seus vínculos com a cultura de SP
Com os pés na cultura desde muito jovem, Leandro Senna Cardoso Gomes é, atualmente, o agente de formação responsável pelos/as jovens monitores/as culturais do território Leste do Programa Jovem Monitor/a Cultural. Sua dedicação imensa aos/às JMC’s e sua confiança na mensagem e motivação do PJMC são duas formas de descrever o Leandro como um agente de formação incrível. Vem conhecer mais dele!
Primeiro, o que é um agente de formação?
“Eles e elas guiam os JMC’s durante sua jornada no programa. Além de auxiliar os jovens na criação e construção dos seus projetos (PIAC e Plano de Ação), esses/as agentes também contribuem na mediação das relações e diálogos entre os jovens e a gestão do espaço cultural/departamento, junto à Secretaria de Cultura”, descrevemos em nosso post sobre essas/es profissionais fundamentais para o programa.
Junto a isto, os agentes também colaboram sempre com os gestores dos espaços públicos da SMC, desta maneira, articulando e potencializando as ações dos jovens.
Mas mesmo assim, ser agente de formação é muito mais. Diretamente em contato com es jovens, os/as agentes estão conversando com a diversidade completa dos/as jovens sob seus cuidados, e aprendendo muito com elus, como diz Leandro mesmo.
“Acredito que nós agentes vivemos um cotidiano de aprendizado constante pelo contato permanente com a diversidade das juventudes paulistanas”, conta o responsável pelo território Leste, continuando: “Considero um desafio extremamente enriquecedor a busca por uma articulação positiva entre as infinitas potencialidades trazidas pelos jovens monitores culturais”.
Mais sobre o Leandro
“Como jovem periférico, cresci no transporte público entre os bairros do Capão Redondo e Bela Vista”, Leandro contou para a gente em nossa conversa com ele. Narrando que seu primeiro contato com a cultura foi em uma época em que não haviam muitas políticas públicas culturais, como o PJMC, para a periferia, ele lembra que seu ingresso foi em uma dessas poucas: o Programa Vocacional na Biblioteca Monteiro Lobato.
Com 33 anos agora, o agente de formação atuou e atua hoje em dia como palhaço, já tendo feito palhaçarias por inúmeros locais de São Paulo, profissional de teatro, como diretor, ator e até professor, e músico, integrando o coletivo Samba dos 7×1.
Segundo Leandro, a experiência de agente de formação é uma continuação de sua atuação direta na cultura: “Estar no PJMC como agente de formação é uma oportunidade de me manter envolvido com este circuito criativo que emerge das periferias e contribuir para a formação de novos agentes culturais”.
Relembrando o Encontrão, uma das marcas da formação de jovens monitores/as, da edição 2019/2020, Leandro vê até hoje, de perto, a potência cultural destes futuros agentes da cultura. Em nossa entrevista, ele descreveu este momento como uma cerimônia cheia de alegria e significado.
“Foi um grande festival com apresentações de jovens monitores em diversas linguagens artísticas, festival que terminou em um grande baile, também produzido pelos próprios jovens, celebrando, na batida do funk, a força de transformação da cultura”, narrou.
“O Programa Jovem Monitor Cultural possibilita às juventudes que permaneçam em seus territórios e fortaleçam o vínculo com a sua comunidade, além de lhes propiciar uma formação nas áreas de gestão e produção cultural”.