Encabeçados/as por Luisa Rafacho, os/as JMC’s das Bibliotecas Padré José de Anchieta e Raul Bopp desenvolvem o projeto “Jardim das Crianças” para estimular a relação das crianças com a natureza
Por Pedro Paulo Furlan
Muitos/as jovens monitores/as utilizam seus projetos dentro do PJMC para conscientizar ou defender causas sociais, levando isso em conta, o “Jardim das Crianças” traz muito conhecimento e oportunidades de se conectar com a natureza e se apaixonar pela preservação dela. Criado pela jovem continuísta Luisa Rafacho, a ação cultural foi planejada para ser colocada em prática no presencial, no entanto isso não foi possível, logo, com a ajuda das ingressantes Michele Sousa e Camila Morais, que atuam com ela na Biblioteca Padre José de Anchieta, transferiram as brincadeiras e atividades do “Jardim das Crianças” em algo possível no cenário online.
O projeto teve uma chance de crescimento ainda maior, ao firmar parceria com a Biblioteca Raul Bopp, na região sudeste de São Paulo, que tem uma temática específica de meio-ambiente – recebendo apoio dos jovens Danilo de Carvalho e Jadson Gabriel. Conversamos com Luisa, como representante do “Jardim das Crianças”, para conhecer mais da ação cultural e dos mecanismos por trás dela.
“O maior valor do “Jardim das Crianças” é a natureza, o respeito ao natural, o sentimento de pertencimento à natureza em volta”, é dessa maneira que a jovem representante descreve o projeto – que é composto de vídeos nos IGTV’s das duas bibliotecas, propondo brincadeiras para crianças a partir de cinco anos, de maneira que elas possam brincar na natureza e interagir com as áreas naturais ao seu redor. Puxadas de livros com a temática da educação ambiental e das histórias indígenas, as atividades do projeto são planejadas para serem executadas com poucas pessoas e com a possibilidade de serem feitas em casa, respeitando as limitações da pandemia.
O “Jardim das Crianças” engloba essa causa de defender a natureza, que é muito presente na região preservada de Perus, onde está situada a Biblioteca Padre José de Anchieta, e nos parques em volta da Biblioteca Raul Bopp – mas também toca na luta indígena, por compreender a sua extrema importância. “A partir do momento que a gente fala sobre natureza, a gente fala dos guardiões dela, os próprios povos indígenas”, narra Luisa, acrescentando: “Então temos que apoiar essa luta, sempre que apoiamos a causa deles, estamos defendendo a natureza”.
Enquanto estava atuando presencialmente, Luisa viu muitas crianças brincando no jardim da Biblioteca Padre José de Anchieta e isso a inspirou a criar o projeto – com a pandemia e a transferência para o remoto, a jovem viu o tamanho possível do “Jardim das Crianças” e o estendeu para a Biblioteca Raul Bopp, ela e a equipe sempre criando conteúdos que utilizam uma linguagem compreensível a todos/as. Nascida no Jaraguá e sempre em contato próximo com a natureza durante sua infância, a jovem representante finaliza: “Isso tudo fez virar uma chavinha na minha cabeça, me inspirou muito sobre a necessidade de impulsionar essa relação infantil com a natureza, e é isso que eu quero fazer com o “Jardim das Crianças””.